A sombra é, maior que a luz sempre que rejeitares o que te seduz.

6ª Saída.

15/16 Março 2014                                             Freguesia de N.S.Fátima, Ourém.

Freguesia N.S. das Necessidades, Ourém.

Freguesia de Chancelaria, Torres Novas.

Desobstrução e exploração do algar da Freira.

Exploração e retificação de pontos topográficos no algar da Cerejeira.

Verificação de outros pontos relevantes.

Início da desobstrução na Pena d´água.

Elementos presentes: Hélio Frade, André Reis, Adriano, Ilda Ribeiro, Miguel Ribeiro e José Ribeiro.

Dia 15

Encontrámo-nos as 10h perto da rotunda N, em Fátima e rapidamente seguimos para o local planeado. Diferente do normal pois o algar situa-se dentro de uma obra em curso.

Equipados a rigor começamos o trabalho no algar da freira, abrindo a caixa no coletor das águas pluviais e iniciando a desobstrução.

Aspecto do Acesso a entrada do Algar.

Aspecto do Acesso a entrada do Algar.

O algar encontra-se numa dolina de absorção, estando essa completamente “humanizada”. O algar foi aberto com uma retro-escavadora, retirando toneladas de argila e pedra até se ter acesso à abertura, usada agora como colector de águas pluviais, de um novo lar para idosos. Foi encontrado por acaso e segundo os operários “bebe milhares de litros de água”.

Estávamos entusiasmadíssimos e após dois pequenos tintins já era possível o Pikatchu fazer as honras da casa e enfiar-se nas entranhas da terra. As notícias não podiam ser melhores: ISTO CONTINUA!!!

Bom, saímos e fomos recompor as energias ali na mesa da obra onde faltou as empadinhas do Frade, mas a degustação de vários tipos de queijo também não ficou aquém das espectativas! Planeamos o que fazer de tarde e assim foi.

Alargamos um pouco mais a entrada, descendo de seguida 2 elementos, equipando o algar para prosseguir a exploração. Verificamos que o algar se desenvolve numa fratura no sentido 190 Sul.

Nunca alarga mais de 1,5m, sendo a largura máxima no seu início. A -25m é um pouco mais apertado não chegando a 1m. No início recebe fendas de outras pequenas diáclases. As paredes são limpas de qualquer tipo de formas de reconstrução, fruto da passagem das águas. Seguimos descendo até a base onde o chão é de argila misturada com um areão e pedra. Aí, no sentido N, existe passagem horizontal onde se sente passagem de ar, deslumbrando vários metros de fratura, mas humanamente impossível de passar e sendo uma desobstrução hercúlea e demasiadamente demorada.

Aspecto da continuação do Algar a -25m. A passagem horizontal.

Aspecto da continuação do Algar a -25m. A passagem horizontal.

Podendo o ar que circula ser proveniente de ligações da própria fratura à superfície, existem à superfície pequenas dolinas que passam no sentido da fratura. Enfim em 100 aparece 1, há que continuar a tentar, siga……

Seguimos até ao bairro ao nosso conhecido algar da Cerejeira, fomos verificar um ponto de possível continuação há muito identificado. Apesar de se sentir um pouco de ar fresco, por ali só a formiguinha, hihihihi. Bom aproveitamos para melhorar a topografia e eliminar o ponto de interrogação. O algar no seu cone de dejecção continua cheio de lixo, mas pelo menos não aumentou de quantidade. Desequipamos e seguimos até ao Solero, onde já desesperavam com a nossa demora a Ilda e o Miguel. Para os compensar, seguimos até terras de São Mamede, onde fomos até ao buraco roto, zona há muito intervencionada pelo Pikatchu e André e após belo passeio e em amena cavaqueira decidimos futura intervenção! Após a apanha de louro e a bela tangerina seguimos para o repasto na Taverna em Ourém, uiii

Dia 16

Compramos o pão quentinho e seguimos para a freguesia de Chancelaria. Dirigimo-nos à Pena d´água, local marcado na saída de 19 Janeiro para futura intervenção.

Pena d´água situa-se na base da escarpa de falha que separa o Maciço Calcário Estremenho da Bacia terciária do Tejo. Este ponto de escarpa, conhecida como Arrife da serra de Aire é designado por Pena d’água por existirem exsurgências. Trabalho já apresentado  no NALGA,  “Abrigo da Pena de Água”

Começamos então a nossa intervenção com o objetivo de pôr a descoberto num canto da escarpa a exsurgência que mais água debita. O trabalho foi árduo mas todos trabalhamos com afinco e aos poucos ficava a nu a parte da escarpa por onde nascia a água. Após um rebentamento de um bom petardo, já tínhamos um deslumbre do trabalho que nos espera.

O decorrer dos trabalhos.

O decorrer dos trabalhos.

No final do dia antes de seguirmos para nossas casas, decidimos como coordenadores deste projeto “Para Além do Parque”, que havendo possibilidade as próximas saídas serão direcionadas para as exsurgências Pena d´água.

Abraço e o sonho comanda a vida!!!

Amigos aqui vai a topografia da cerejeira e olhem um dia com a ajuda de alguns amigos ainda o vamos limpar!!!!!

Picatchu, André, chouriço.

Planta A. da Cerejeira.

Planta A. da Cerejeira.

Perfil desdobrado A. Cerejeira

Perfil desdobrado A. Cerejeira.

Projetado para A4, Planta do Algar da Cerejeira:

cerejeira20130106P

Projetado para A4, Perfil desdobrado do Algar da Cerejeira:

cerejeira20130106S

Siga………………………………

 

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A sombra é, maior que a luz sempre que rejeitares o que te seduz.

5ª Saída

21/22/23 Fevereiro 2014                               Freguesia N. S. Fátima, Ourém

Prospeção, desobstrução, exploração e topografia de algares nesta zona.

Elementos presentes: Pedro Frade, André Reis, Adriano e José Ribeiro.

Dia 21

Encontramo-nos como combinado, Sexta 21, em Fátima para jantarmos e seguir para a zona do 1º algar do fim-de-semana, onde já nos esperava o nosso amigo, Sr. Humberto.

Feitas as apresentações, equipamo-nos e começamos com a desobstrução da entrada do algar Barreiro do Galvão.

Inicio da desobstrução do A. Barreiro Galvão.

Inicio da desobstrução do A. Barreiro Galvão.

Estava bastante frio mas a medida que a entrada do algar ia abrindo o ânimo crescia. O buraco estava mais largo Mas ainda não se conseguia passar.Com o castelo de Ourém ao fundo e uma pinga de vinho do Porto que o Sr. Humberto nos trouxe, decidimos parar pois já era tarde.

Dia 22

Como combinado estávamos no Solero as 9h, e sem muitas demoras seguimos para o algar, passando antes no local onde o Sr. Humberto nos tinha conseguido um gerador, que tanto jeito nos deu. Seguimos para o algar e por volta das 11h, com a amarração feita ao jipe, conseguimos finalmente descer o aperto que nos dava acesso ao interior do algar.

O algar Barreiro Galvão desce cerca de 17m, nunca alargando muito e no seu final tem uma pequena fresta que liga a um pequeno oco, mas não passa disso como já suspeitávamos, por não existir circulação de ar. Efetuou-se a topografia.

Seguimos com a ajuda do Sr. Humberto que nos levou a zona dos terrenos “Oliveirinha”, onde identificamos mais 2 algares, topografamos o Oliveirinhas I e exploramos Oliveirinhas II, decidindo continuar a desobstrução neste algar no dia seguinte, pois o Sr. Humberto com um seu familiar tinha mais algares para nos indicar.

Entrada A. Oliveirinhas I

Entrada A. Oliveirinhas I.

Estávamos agora nos terrenos dos Carrascais, por essa razão demos o nome de carrascais aos algares aí identificados.

O carrascais I, foi explorado, fazendo uma amarração provisória a dois eucaliptos ali encostados ao algar. O 1º poço desce cerca de 15m, nunca mudando de configuração. Na sua base em uma das paredes abre uma pequena janela que dá acesso a outro poço com + ou – a mesma profundidade do 1º, mas sendo em diáclase e tendo as paredes bem marcadas pelo desgaste da água. No seu final afunila não sendo identificada possibilidade de continuação.

Final do A. Carrascais I

Final do A. Carrascais I.

Não perdemos tempo e mesmo ali ao lado existe uma grande cratera mas que não passa disso mesmo desce 3 m, e tudo fechado. Fomos agora em direção do Carrascais II, identificamos o algar, registamos e decidimos parar por ali a exploração do dia, pois já se fazia tarde.

A noite era de convívio, confraternizamos no Restaurante “A Taverna” em Ourém, onde comemos o coelhinho do costume. Estivemos com a malta do G.E.M. e outras equipes que estiveram no campo.

Dia 23

Encontramo-nos no Solero as 9h com malta que foi para outras aventuras, nós seguimos para o Oliveirinhas II, após abraços e beijinhos lá fomos nós. Passamos primeiro no Algar da batata, agora tapado com uma placa de cimento, este vai dar que falar, hihihihihi.

Entrada do A. da Batata 2010.

Entrada do A. da Batata 2010.

 

Entrada do A. da Batata em 2014.

Entrada do A. da Batata em 2014.

Chegados ao Oliveirinhas II, equipados começamos o trabalho, enquanto na pequena sala após a entrada o buraco foi sendo aberto, a topografia foi avançando.

Entrada do A. Oliveirinhas II

Entrada do A. Oliveirinhas II

As 12h, já se conseguiu descer o poço que na sua base existe uma janela com um oco por onde passa uma ligeira corrente de ar. Não tínhamos o equipamento necessário para esta nova tarefa, decidimos sair e almoçar.

Como combinado ficamos por ali, pois tínhamos que regressar para nossas casas.

Foi duro, intenso e divertido e para a próxima há mais….

Chouriço, André, Pikatchu.

Topografia A. Barreiro Galvão

Topografia A. Barreiro Galvão

Topografia A. Oliveirinhas I.

Topografia A. Oliveirinhas I.

Projetado para A4, Topografia A. Barreiro Galvão:

algar barreiro galvaoS

Projetado para A4, Topografia A. Oliveirinhas I:

oliveirinha IS

Abraço e até a próxima…….

 

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A sombra é, maior que a luz sempre que rejeitares o que te seduz.

4ª Saída

19 Janeiro 2014                                             Ribeira da Bezelga, Fungalvaz, Rexaldia.Para Além do Parque – Passeio da Bezelga

 

Ribeira da Bezelga: Prospeção, marcação de pontos relevantes e recolha de imagens.

Fungalvaz: Recolha de dados junto a conterrâneos, verificação dos níveis pluviais das nascentes, respetiva recolha de pontos e imagens.

Rexaldia: Verificação dos níveis pluviais da nascente, prospeção na zona, recolha de pontos e imagens.

Elementos presentes: André Reis, Felipe Neves, Hélio Frade, José Ribeiro.

Aspecto de uma zona da ribeira.

Aspecto de uma zona da ribeira.

As 10h estávamos todos juntos em Vilar dos Prazeres e seguimos sem demoras para a ribeira no “tractojeep” do André, aquilo é que foi, ficou o pequeno-almoço todo arrumadinho, hhiihihihihi.

Chegados ao local pretendido, começamos a descida ao canhão da ribeira, ao mesmo tempo que se recolhia dados.

Já na ribeira, seguimos por um caminho criado por dois conterrâneos (Pai, filho), que belo trabalho que jeito que dá! Bom estávamos deslumbrados com tão rica paisagem. Decidimos abandonar o caminho e avançar pelo denso matagal até um vale que vem da zona de Alburitel.

Existe de facto bastante lapiás, mas apenas encontramos pequenas tocas e não mais do que isso. Estávamos agora na primeira curva do canhão e tivemos que fazer por duas vezes a travessia da ribeira, com o objetivo de chegarmos a um conjunto de estratos onde se encontram várias pequenas lapas, tendo uma delas, a lapa do lobo um desenvolvimento de cerca de 10m, sempre no mesmo sentido e nunca tem mais de 1,5m de diâmetro. Seguimos, aquilo é que foi, forte corrente, tudo muito escorregadio, mas felizmente tínhamos o especialista em rios, uuuuff!

Nas calmas, hihihhiihi.

Nas calmas, hihihhiihi.

Após recolha de dados seguimos em frente e deparamos logo de seguida com uma paisagem ainda mais espetacular! O canhão torna-se mais alto após a curva, as suas paredes mais íngremes, com estratos bem definidos e visíveis. No lado N do canhão existem varias lapas, sendo a maior, a lapa do rei. Olhem tem uma bela vista e aproveitamos para comer qualquer coisita, o farnel foi fraco mas a vista despertou a vontade de atravessar novamente a ribeira para explorar o lado S.

A louca travessia, já para não falar do denso matagal que tivemos que atravessar, mas estas coisas são mesmo assim quem desmata e se molha por gosto nunca sente os picos no corpo nem há frio que o demova!!!!

Em Fungalvaz conhecemos rapaziada que nos indicaram umas nascentes e alguns sítios porreiros para belas tardes de lazer.

Ribeira em Fungalvaz, poço branco é uma nascente.

Ribeira em Fungalvaz, poço branco é uma nascente.

Após alguma conversa e partilha de contactos, fomos até as nascentes da Rexaldia.

Zona de fato muito interessante, que bela imagem da escarpa do arrife que se estende para o bordo da Serra de Aire, que belo local onde identificamos uma lapa, uma gruta e as nascentes claro. Após a recolha dos dados, seguimos para o jeep, o frio das 18h já se fazia sentir.

Paramos ainda na casa do Hélio, onde mais uma vez fomos tão bem recebidos, bebemos um chá bem quentinho com umas entremeadas e a bela da azeitona a acompanhar, AQUILO É QUE FOI….

Seguimos para nossas casas não muito cansados mas muito realizados, estivemos de fato em locais de grande beleza, que bela caminhada é a da ribeira tão cheia de vida com aquela força de água sempre acompanhada pelo cantar da passarada.

Mas mais importante foi o que fizemos, criando as bases para o que faremos a seguir neste bocado de terra para além do parque……

Amigos segue em PDF documentos para auxilio em topografia, focando o uso dos novos utensílios, Distox e P.D.A.

Dicas para utilização do distox e AI

DIMENSÕES DE PAPEL

 

 

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A sombra é, maior que a luz sempre que rejeitares o que te seduz.

3ª Saída

Nascente das Fontainhas.

Nascente das Fontainhas.

 

4/5 Janeiro 2014                                                                                   Fontainhas, Lagoa, Alburitel.

Zona de Fontainhas: Verificação do nível de água da nascente das fontainhas.

Zona da Lagoa: Exploração e topografia do Algar do Cabeço.

Zona de Alburitel: Prospeção e verificação do nível de água da Lapa de Alburitel.

Elementos presentes: Hélio Frade (Pikatchu), José Ribeiro, Olga, Sandra Lopes. Estiveram presentes em outros trabalhos André Reis, Ricardo, Andreia Monteiro, Cláudia Ferraria, Pedro Pinto, Timóteo, Pedro Cocas, Ana Franco e Paulo Rodrigues.

Encontramo-nos todos no Solero com a malta que foi efectuar outros trabalhos, nós seguimos na direcção da Nascente das Fontainhas. Lá estávamos as 10.30h, a nascente está a bombar, consegue-se entrar cerca de 4m em recta. Verificamos que a sua estrutura é de um calcário quase arenito e barro dando a sensação de colapso, para futura desobstrução só no verão e escorando muito bem, mas de fácil remoção de materiais.

Verificado o caudal seguimos para o próximo objectivo bem fresquinhos.

Ora às 12h, estávamos na zona da lagoa verificando as coordenadas e indicações que o André nos tinha entregue, seguimos o GPS, tocados a chuva e vento. Aquilo é que foi, estávamos todos molhadinhos mas não desistimos e passado um pouco demos com o cabeço dos Algares. São dois algares que fazem parte da mesma estrutura. De boca larga mas com pouco desenvolvimento e cobertos de muita vegetação.

Aspecto da boca do 1º Algar do Cabeço.

Aspecto da boca do 1º Algar do Cabeço.

Decidimos ir beber algo quente ali num café perto e comer. De tarde já com o tempo melhor topografamos os algares do cabeço. Tivemos a companhia dos nossos camaradas André, Ricardo e Andreia. Terminado o trabalhinho seguimos para o espeleobarracão.

Jantamos, uuuuuuuuuiiii o coelho assado, brincamos e descansamos. Acordamos bem cedo pois tínhamos uma encomenda (Mafarrico) para entregar no Solero as 8.15h, e assim foi.

Convívio.

Convívio.

Bom, neste dia ficamos apenas 3 pois a Olga teve de seguir a sua vida, não desanimamos e seguimos na direcção de Alburitel, onde andamos a fazer prospecção a sul da lapa. Passamos por locais muito interessantes, infelizmente não descobrimos nenhum algar ou lapa mas a coisa promete……..

Para acabar o dia fomos verificar o nível das aguas na lapa de Alburitel e verificamos que a sala de chocolate aberta por nós no verão esta quase cheia de água, e olhem que é muito metro de água!

E assim se passou mais um grande fim-de-semana. Aqueles vales a sul da Lapa de Alburitel têm uma beleza particular com uma vegetação densa e exuberante, salpicada de calcário onde a vegetação o deixa ver! Que bela caminhada nos propusemos a fazer, tal e qual o caminho deste projecto, longo e bonito, pois tudo é bom quando estamos a fazer o que realmente gostamos!

Aspecto da elevação a sul da Lapa de Alburitel.

Aspecto da elevação a sul da Lapa de Alburitel.

Abraço.

André, Chouriço, Picatchu.

Planta dos Algares do Cabeço.

Planta dos Algares do Cabeço.

Perfil desdobrado dos Algares do Cabeço.

Perfil desdobrado dos Algares do Cabeço.

 

Projetado para A4, Planta dos Algares do Cabeço:

algar do cabeçoP

Projetado para A4, Perfil desdobrado dos Algares do Cabeço:

algar do cabeçoS

Abraço e até a próxima…….

 
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A sombra é, maior que a luz sempre que rejeitares o que te seduz.

2ª Saída:

Entrada da lapa.

Entrada da lapa.

9/10/11 Agosto 2013                                                                                             Toucinhos/Alburitel.

Lapa da furada: Desobstrução, exploração e topografia.

Elementos presentes: Andreia Monteiro, Cláudia Ferraria, Sandra Lopes, Rosário Fernandes, Denise, André Reis, Hélio Frade (Picatchu), Zé Ribeiro.

Dia 9

Encontramo-nos na casa do André na Sexta à noite onde iniciamos a atividade com um belo cozido à portuguesa, preparado pela mãe do André, desde já e mais uma vez um muito obrigado.

Com tão belo repasto planeámos as nossas aventuras e seguimos para a lapa.

Dia 10

00.30h  e seguimos com a desobstrução. Esta já iniciada em Fevereiro, dando acesso a uma pequena fenda rente ao chão que continua a fazer corrente de ar. Agora com meios menos artesanais (tim-tins), fomos partindo e retirando cascalheira em fila indiana. Processo demorado pois o local era bastante apertado.

Abertura da rampa da Passagem das 3

Abertura da rampa da Passagem das 3

3.00h e após árduo trabalho, um espeleólogo “entalado” e algumas nódoas negras, o Hélio lá se enfiou pelo desconhecido adentro. Aos poucos a sua voz foi-se ouvindo com menos intensidade e após alguma espera ouviu-se a sua voz fazendo um grande eco, epá aquilo é que foi uma festa.

A alegria era brutal mas o cansaço já se fazia sentir, decidimos continuar os trabalhos mais tarde pois já eram 4.00h.

12.30h e depois de merecido descanso já estávamos na lapa, optámos por alargar a “passagem das três” para que todos a pudessem passar. Parámos apenas e só para o almoço onde sobressairam os tomates cherry do pai da Sandra (hihihhiihi) com um tempero divinal, de se lamber os dedos cobertos de argila, huuummm, bom!!

15h e já tínhamos passado, estávamos agora na “sala do chocolate”.

Parte da sala do Chocolate.

Parte da sala do Chocolate.

O seu tecto tem mesma inclinação que inicia a lapa. Tem uma bela bandeira que não tem mais de um palmo de largura mas que praticamente acompanha toda a sala de cima a baixo. O tecto é quase sempre liso e limpo

O chão é como se alguém tivesse deitado uma camada de chocolate sobre todo o relevo ali existente, em algumas zonas existem pequenas linhas de reconstrução fruto de escorrências posteriores. Verificou-se na zona mais funda da sala uma pequena fresta onde o chão se encontra com o tecto, nota-se uma pequena circulação de ar. O senão é que o estrato é de estrutura e terá sempre a mesma inclinação, só cavando e partindo. Pareceu-nos no momento uma empreitada demasiado “hercúlea” e também transformaria a sala completamente.

As 17h estávamos fora, esperava-nos uma bela jantarada com a malta que estava no Mindinho.

Dia 11

Alvorada às 10h, beijinhos e abraços a malta que foi para outros trabalhos, nós seguimos para a lapa para topografarmos o novo tramo.

Ao topografarmos reparamos que a nossa lapa tinha crescido para o dobro e ainda explorámos um pequeno aperto logo a seguir a passagem das três. Aquilo é que foi. Às 14h estávamos despachados e seguimos para o rio Nabão para o merecido banho.

Belo local deu para relaxar e descontrair.

Foi um belo fim-de-semana, onde desbravámos o desconhecido, apesar de ainda não ser desta que chegámos à tão desejada “linha de água”, sabemos que é sonhar.

Mas enquanto houver sonho a esperança.

E agora até já se diz:

A fé…move montanhas…mas os apressados preferem dinamite. Hihihihihiihihi

Abraço.

Picatchu, André, Chouriço.

Planta da Lapa de Alburitel.

Planta da Lapa de Alburitel.

 

Perfil desdobrado da Lapa de Alburitel.

Perfil desdobrado da Lapa de Alburitel.

 

Projetado para A3, Planta da Lapa de Alburitel:

lapa da furada- AlboritelP

Projetado para A4, Perfil desdobrado da Lapa de Alburitel:

passagem das tresS

 

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A sombra é, maior que a luz sempre que rejeitares o que te seduz.

Apresentação:

- Este projecto teve como seu início o levantamento de algares, grutas, nascentes e locais relevantes entre a ribeira da Bezelga e Alburitel. Mas como tantas outras coisas cresceu….

Neste momento focamo-nos em todo o concelho de Ourém e também Torres Novas (Rexaldia), por diversas razões.

Pretendemos divulgar neste espaço tudo o que temos feito. De todos para todos, pois as grutas são de todos e a melhor forma forma de as proteger é divulgá-las!!!

O porque,  ”para Além do Parque”:

- Prende-se com o facto de existir muito por divulgar no Maciço Calcário Estremenho para além do P.N.S.A.C., onde as cavidades estão bastante bem protegidas e guardadas “cuidado para não tropeçarem numa pedreira”.

Objectivos:

-Aquisição e divulgação de dados.

-Enriquecimento de todos os que nele participarem.

-Elaboração de um livro com todos os dados.

 1ª saída:

13/14 Julho 2013 -  Ourém

Lapa do Sobral: Topografia.

Zona de Alburitel e Fontainhas: Prospeção.

Elementos presentes: Cláudia Ferraria, André Reis, Hélio Frade, Miguel Ribeiro e José Ribeiro.

Encontrámo-nos na casa do André e seguimos para a lapa do Sobral, já eram 10.30h.

Fez-se o croquis de acesso e tiramos a coordenada no local onde se iniciou a topografia.

Começámos a topografar a zona virada a Sul, passado algum tempo tivemos de parar para almoçar pois o Miguelito já tinha fome. Aquilo estava  bem composto, havia o fuet, chouriço e vários queijos até o belo do tomate cherry.

Retomámos o trabalho, os aparelhos foram rodando por todos. Terminada esta zona regressámos ao início e topografámos a zona norte num ápice, a equipa estava bem rotinada!

Saímos fomos dar uma olhada a uma desobstrução ali começada há tempos “algar dos 3 ursos”, que agora foi um pouco entulhada por algum conterrâneo mais “arisco”. Para aliviar a tristeza dessa visão fomos comer uns caracóis.

Seguimos para o barracão e preparámos os computadores para fazermos transferências de PocketTopo para AI. Entretemo-nos por ali até que o cansaço se apoderou de nós, fomos para o descanso que no dia seguinte havia mais que fazer.

Como combinado encontrámo-nos no espeleobarracão onde todos fizeram a passagem dos programas nos seus computadores.

O dia estava porreiro e decidimos fazer prospecção na zona de Alburitel onde estamos a iniciar um trabalho. Procurámos o algar do cabrito mas nada. Fomos então à procura de uma nascente há muito falada mas de difícil acesso.

Já se fazia sentir o calor e após alguma insistência lá demos com a nascente. Sitio interessante mas necessita de uma bela catana.

Ao fim do dia regressámos a nossa casa cansados mas felizes.

Chouriço, André, Pikatchu.

Planta da Lapa do Sobral

Planta da Lapa do Sobral

 

Perfil da Lapa do Sobral

Perfil da Lapa do Sobral

Projetado para A3, Planta da Lapa do Sobral:

gruta do sobral swP

Projetado para A4, Perfil desdobrado da Lapa do Sobral:

gruta do sobral swS

 

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